Portuguese to English Art/Literary History Academic abstract

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Nestas Jornadas/balanço das atividades da primeira década de existência do e-Journal, gostaria de explorar algumas vertentes interpretativas sobre a Independência brasileira, dando especial atenção ao problema da formação territorial e do reformismo ilustrado. A bibliografia da Independência é mar-sem-fim, portanto, não tenho a pretensão de esgotar o tema, pretendo apenas situar algumas abordagens clássicas e contemporâneas.

A expressão Geração de 1790 consagrou-se a partir da repercussão do artigo de Kenneth Maxwell que a utilizou para aprofundar as análises do perfil de um expressivo grupo de homens de letras e ciências - em grande parte, oriundos do Brasil e diplomados pela Universidade de Coimbra – considerados os principais formuladores e executores das políticas reformistas ilustradas. Formados na atmosfera das Luzes pombalinas, muitos deles ocuparam cargos estratégicos no aparelho de Estado português, onde, na qualidade de cientistas e administradores, propuseram soluções aos problemas enfrentados pelo império português.

XXX dedicaram-se à análise dos dilemas de identidade política vivenciados nos episódios da Inconfidências mineira, baiana e fluminense. Nas décadas de 70 e 80, tais manifestações ainda eram percebidas como expressões de contestação política abertamente anti-metropolitana. Não é improvável que a conjuntura da descolonização da África portuguesa e as ideologias terceiro mundistas tenham marcado a historiografia brasileira, que à época, tendeu a interpretar as inconfidências como formas de protesto e **a tomada de consciência da condição colonial**.