Tradução editorial e programas de edição assistida por computador Thread poster: Carla Guerreiro
| Carla Guerreiro France Local time: 12:07 Member (2006) French to Portuguese + ...
Boa tarde a todos, Gostaria de vos fazer uma pergunta: é necessário utilizar programas de edição assistida por computador quando se traduz para o mercado editorial? Se assim for, quais são os melhores ou os mais recomendados? Muito obrigada desde já pelas vossas respostas. Carla Guerreiro
[Edited at 2016-11-11 13:54 GMT]
[Edited at 2016-11-11 13:55 GMT] | | | oxygen4u Portugal Local time: 11:07 English to Portuguese + ...
Boa tarde, Carla Quando fala em programas de edição refere-se ao Trados e afins? Para traduzir livros basta utilizar o word. Nem faz sentido utilizar outra ferramenta, porque não existem repetições. Cumprimentos | | | Carla Guerreiro France Local time: 12:07 Member (2006) French to Portuguese + ... TOPIC STARTER Edição assistida por computador significa, em inglês, desktop publishing | Nov 11, 2016 |
oxygen4u wrote: Boa tarde, Carla Quando fala em programas de edição refere-se ao Trados e afins? Para traduzir livros basta utilizar o word. Nem faz sentido utilizar outra ferramenta, porque não existem repetições. Cumprimentos Boa tarde Patrícia, Muito obrigada pela resposta. No entanto, o Trados e afins não têm nada a ver com a edição assistida por computador, isto é, o Desktop Publishing. Os programas de Desktop publishing são, por exemplo, o Indesign, o Pagemaker ou o QuarkXpress.
[Edited at 2016-11-11 18:17 GMT] | | | oxygen4u Portugal Local time: 11:07 English to Portuguese + ...
Só queria ter a certeza de que falávamos do mesmo. Para traduzir precisa apenas do word. Todo o trabalho restante é feito pela editora. Cumprimentos | |
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Reitero o que a Patrícia (oxygen4u) disse... | Nov 11, 2016 |
Relativamente aos livros que traduzi recebi sempre indicações da editora quanto à forma como estruturar o texto (espaços, margens, etc.), mas toda a parte de paginação e composição do texto competia à editora. Além disso, foi-me pedido mais do que uma vez que, a bem da fluidez do texto, não utilizasse ferramentas de apoio à tradução… | | | Carla Guerreiro France Local time: 12:07 Member (2006) French to Portuguese + ... TOPIC STARTER Obrigada Patrícia e Teresa | Nov 11, 2016 |
Boa noite Patrícia e Teresa, Muito obrigada pelas vossas respostas. É sempre bom conhecer a opinião de quem tem experiência neste tipo de tradução, pois nunca se sabe e, às vezes, certos clientes podem pedir-nos certas coisas que não podemos nem temos a obrigação de fazer. Bem hajam.
[Edited at 2016-11-11 18:14 GMT] | | | Acho que entendi a pergunta! A vantagem do PT-BR... | Nov 12, 2016 |
O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso. Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender. Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor... See more O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso. Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender. Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor fazer a editoração eletrônica/DTP, mas traduzir livros cujo original esteja nesses formatos específicos ("proprietary") e mutuamente exclusivos do PageMaker, InDesign, FrameMaker, QuarkXpress (e talvez até alguns de nível amador, como Serif PagePlus, MS Publisher, e Scribus). Li que o Trados consegue "invadir" alguns desses arquivos de DTP sem o usuário precisar ter o programa de DTP correspondente, para traduzi-los. É óbvio que a diagramação fica uma baderna, mas isso será problema do DTPista - não do tradutor. Isso gera diversos problemas. Se forem fazer revisão da tradução, em que tipo de arquivo irão fazê-la? Vão passar pelo DTPista duas vezes? Ou vão revisar na TM? O mais comum - se forem pessoas sensatas - é converterem "do que for" para Word, e depois fazerem o DTP novamente. Mesmo assim isso não está livre de problemas. Vou contar um caso... Eu traduzi e uma colega revisou um livro EN > PT de 200 páginas para uma agência no Canadá, em Word. O arquivo veio diagramado, com um monte de figuras e citações entremeadas no texto. Com a tradução, o texto inchou, e ficou uma baderna. Passaram para o InDesign. A DTPista era francófona e, na falta de outro, usou o dicionário de IT para separar as sílabas em PT. A colega e eu revisamos o livro inteiro OITO vezes! A cada hífen errado que corrigíamos, surgia outro hífen errado no mesmo parágrafo mais abaixo. Precisou de oito revisões para chegarmos ao fim de todos os parágrafos. Isso porque traduzimos e revisamos em Word. Imagine se tivéssemos feito isso no InDesign. ▲ Collapse | | | Carla Guerreiro France Local time: 12:07 Member (2006) French to Portuguese + ... TOPIC STARTER Obrigada José | Nov 12, 2016 |
José Henrique Lamensdorf wrote: O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso. Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender. Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor fazer a editoração eletrônica/DTP, mas traduzir livros cujo original esteja nesses formatos específicos ("proprietary") e mutuamente exclusivos do PageMaker, InDesign, FrameMaker, QuarkXpress (e talvez até alguns de nível amador, como Serif PagePlus, MS Publisher, e Scribus). Li que o Trados consegue "invadir" alguns desses arquivos de DTP sem o usuário precisar ter o programa de DTP correspondente, para traduzi-los. É óbvio que a diagramação fica uma baderna, mas isso será problema do DTPista - não do tradutor. Isso gera diversos problemas. Se forem fazer revisão da tradução, em que tipo de arquivo irão fazê-la? Vão passar pelo DTPista duas vezes? Ou vão revisar na TM? O mais comum - se forem pessoas sensatas - é converterem "do que for" para Word, e depois fazerem o DTP novamente. Mesmo assim isso não está livre de problemas. Vou contar um caso... Eu traduzi e uma colega revisou um livro EN > PT de 200 páginas para uma agência no Canadá, em Word. O arquivo veio diagramado, com um monte de figuras e citações entremeadas no texto. Com a tradução, o texto inchou, e ficou uma baderna. Passaram para o InDesign. A DTPista era francófona e, na falta de outro, usou o dicionário de IT para separar as sílabas em PT. A colega e eu revisamos o livro inteiro OITO vezes! A cada hífen errado que corrigíamos, surgia outro hífen errado no mesmo parágrafo mais abaixo. Precisou de oito revisões para chegarmos ao fim de todos os parágrafos. Isso porque traduzimos e revisamos em Word. Imagine se tivéssemos feito isso no InDesign. Boa tarde, José. Muito obrigada pelo seu comentário. Depois de o ter lido, a única conclusão que consigo tirar é esta: acaba tudo numa grande confusão! | | | To report site rules violations or get help, contact a site moderator: You can also contact site staff by submitting a support request » Tradução editorial e programas de edição assistida por computador CafeTran Espresso | You've never met a CAT tool this clever!
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